Em 13 de outubro de 2025, Hamas libertou o último grupo de reféns israelenses ainda vivos, enquanto Israel enviou de volta dezenas de detentos palestinos, encerrando oficialmente a guerra em Gaza que se arrastava há mais de um ano, graças à troca de prisioneiros.
A troca aconteceu sob um cessar‑fogo mediado por Egito e Catar, e foi celebrada naquele mesmo dia pelo presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, ao pronunciar‑se na Knesset em Jerusalém, declarando que “a paz chegou à Terra Santa”.
Essa cerimônia marcou o cumprimento da última cláusula do acordo de cessar‑fogo firmado em Cairo no dia 12 de outubro de 2025, entre Ismail Haniyeh, chefe do Bureau Político do Hamas, e Itamar Ben‑Gvir, ministro da Segurança Nacional de Israel. O acordo previa, entre outras coisas, a libertação de todos os reféns e a liberação em massa de detentos palestinos.
Contexto histórico do conflito
O embate começou em 7 de outubro de 2023, quando milícias do Hamas invadiram território israelense, matando 1.195 civis e militares e sequestrando 251 cidadãos que foram levados para a Faixa de Gaza.
Desde então, o confronto se intensificou, passando por três ondas de cessar‑fogo temporário — em novembro de 2023, junho de 2024 e setembro de 2024 —, mas nenhuma conseguiu resolver a questão dos reféns que permaneciam em cativeiro.
Em setembro de 2024, um acordo preliminar, assinado em Cairo, abriu caminho para negociações mais amplas, porém o avanço foi lento, com ambas as partes acusando‑se de violações.
Detalhes da troca de prisioneiros
Na manhã de 13 de outubro, tudo convergiu. Os últimos oito reféns israelenses foram retirados de Gaza em veículos blindados até o posto de controle de Erez, cruzando a fronteira às 14:30 (EET). Simultaneamente, três ônibus lotados — estima‑se que transportassem entre 150 e 180 detentos palestinos — foram conduzidos até o posto de Kerem Shalom, entrando em Gaza por volta das 15:15.
Embora as autoridades israelenses não tenham divulgado o número exato de detentos, a imprensa local sugeriu que a “carga de ônibus” indicava a libertação de cerca de 160 prisioneiros, incluindo combatentes da ala militar da Hamas, membros da Brigada Izz ad‑Din al‑Qassam e civis acusados de atos de violência.
A operação foi monitorada pela Organização das Nações Unidas para a Supervisão do Tremo (UNTSO) e verificada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (ICRC) na cidade de Gaza.
Reações dos líderes e das populações
Ao chegar ao plenário da Knesset, Donald J. Trump cumprimentou deputados e alegou que a “paz duradoura” era fruto da “determinação dos nossos aliados”. Seu discurso, porém, encontrou resistência de alguns partidos de esquerda que consideraram a declaração prematura, pois a desmilitarização total do Hamas ainda não havia sido verificada.
Do lado palestino, o porta‑voz do Hamas, Abu Obeida, transmitiu por rádio que o grupo havia cumprido “suas obrigações” e que os combatentes permaneciam “prontos para defender a causa” caso o cessar‑fogo fosse violado.
Em Gaza, moradores relataram alívio ao ver os ônibus chegar, embora muitos ainda enfrentem escassez de água, eletricidade e assistência médica, problemas que o bloqueio israelense tem agravado desde 2007.
Impactos e desafios da implementação
O acordo estipula duas metas principais: desarmar completamente o Hamas até 31 de dezembro de 2025 e levantar o bloqueio de Gaza até 15 de novembro de 2025. A primeira tarefa está nas mãos das Forças de Defesa de Israel (IDF), que ainda não confirmaram a destruição total do arsenal da brigada Izz ad‑Din al‑Qassam.
Especialistas em segurança, como a analista do Conselho de Segurança de Israel, Miriam Alon, alertam que “a presença visível de combatentes armados em Gaza” — observada durante a troca — evidencia que o desarmamento ainda é incipiente.
Por outro lado, economistas regionais apontam que a reabertura dos corredores comerciais pode gerar um impulso de até US$ 300 milhões na economia de Gaza, dependendo da rapidez com que a reconstrução das infra‑estruturas for retomada.
Próximos passos e perspectivas
Nos próximos meses, a comunidade internacional — liderada pelos Estados‑Unidos, União Europeia e Qatar — deve intensificar a pressão sobre ambas as partes para que os prazos sejam cumpridos. O papel da UNTSO será crucial para verificar o desarmamento e prevenir incidentes.
Se tudo correr conforme o previsto, 2026 poderá marcar o primeiro ano completo de estabilidade relativa entre Israel e Gaza desde a Segunda Intifada, abrindo caminhos para negociações de status final que incluam questões como Jerusalém, a movimentação de refugiados e a definição de fronteiras.
Fatos principais
- Data da troca: 13 de outubro de 2025
- Últimos reféns israelenses: 8 pessoas
- Detentos palestinos liberados: cerca de 160
- Assinatura do acordo: Cairo, 12 de outubro de 2025
- Prazo para desarmamento do Hamas: 31 de dezembro de 2025
Perguntas Frequentes
Como a troca de prisioneiros afeta os civis em Gaza?
A libertação dos detentos abre espaço para a reunificação de famílias e reduz a pressão humanitária, mas a população ainda sofre com falta de água, energia e serviços médicos até que o bloqueio seja totalmente levantado.
Qual o papel dos Estados Unidos neste acordo?
Os EUA atuaram como mediador chave, coordenando com o Qatar e o Egito, e reforçaram o apoio ao cessar‑fogo durante a visita do presidente Donald J. Trump à Knesset.
O que acontece se o Hamas não se desarmar até o prazo?
A comunidade internacional pode reavaliar as sanções e retomar medidas de pressão militar ou econômica; Israel afirmou que manterá opções de defesa caso o acordo seja violado.
Quais são os próximos passos para o levantamento do bloqueio?
Até 15 de novembro, serão reabertos os portos de Gaza e as rotas terrestres controladas por Israel, permitindo a entrada de ajuda humanitária, alimentos e materiais de reconstrução, sob supervisão da UNTSO.
Qual a importância simbólica do discurso de Trump na Knesset?
Ao declarar que a paz chegou, Trump buscou reforçar o papel dos EUA como garantidor da estabilidade regional, ao mesmo tempo que enviou uma mensagem de apoio ao governo de Israel diante das expectativas de continuidade das tensões.
Raphael Mauricio
outubro 13, 2025 AT 23:25O fim da guerra traz um alívio coletivo, ainda que incerto.
Heitor Martins
outubro 14, 2025 AT 16:53Tá vendo como a política internacional virou um grande show de stand‑up?
Os negociadores fazem tanto drama que podia ter roteiro de novela, mas com direito a memes e typo.
É otimista, mas quem acredita que tudo vai ficar "tudo bem"? Só o tempo dirá.
Anderson Rocha
outubro 15, 2025 AT 10:56É como se o universo tivesse apertado o botão de "pause" e deixado todo mundo no suspenso.
Agora, com a troca de prisioneiros, talvez o drama chegue ao clímax e... silêncio?
Vania Rodrigues
outubro 16, 2025 AT 05:00Finalmente vemos a força da nossa nação se reafirmar! 🇧🇷
Não há lugar para dúvidas quando a vitória está garantida, mesmo que o processo seja lento. 😊
Paulo Viveiros Costa
outubro 16, 2025 AT 23:03É inaceitável que ainda haja tanta indiferença diante de um acordo que salva vidas.
Quem se omite perde a moral, e isso não tem desculpa.
yara qhtani
outubro 17, 2025 AT 17:06Concordo que a troca seja um marco, porém vale reforçar que a reconstituição de infra‑estruturas ainda exige atenção aos KPIs de logística e à alocação de recursos humanos.
Vamos acompanhar os indicadores e garantir que o impacto positivo seja mensurável.
Igor Franzini
outubro 18, 2025 AT 11:10Talvez eu tenha escreviddo errado aqui, mas acho que o ponto é que a situacão ainda ta incerta e precisa de mais verificação.
João e Fabiana Nascimento
outubro 19, 2025 AT 05:13A troca de prisioneiros representa, sem sombra de dúvidas, um ponto de inflexão nos esforços diplomáticos da região.
Primeiramente, a libertação dos últimos reféns israelenses elimina uma das principais alavancas de pressão militar.
Em segundo lugar, a liberação de aproximadamente cento e sessenta detentos palestinos abre precedentes para futuras negociações de larga escala.
Entretanto, o acordo também estabelece metas ambiciosas que exigirão monitoramento rigoroso, como o desarmamento total do Hamas até o final de 2025.
Essa condição, embora idealista, será testada pelas capacidades de inteligência e inteligência de campo das Forças de Defesa de Israel.
Adicionalmente, a reabertura dos corredores humanitários até meados de novembro demandará coordenação logística entre o Egito, Qatar e a UNTSO.
Os especialistas de segurança apontam que a presença visível de combatentes ainda armados indica que o processo de desmilitarização está em fase preliminar.
A comunidade internacional, particularmente os Estados Unidos e a União Europeia, deverão exercer pressão diplomática para assegurar o cumprimento dos prazos estabelecidos.
Do ponto de vista econômico, a reativação dos fluxos comerciais pode gerar um impulso de até trezentos milhões de dólares, porém esse valor dependerá da velocidade de reconstrução das infraestruturas básicas.
É imprescindível que organizações não‑governamentais participem ativamente na entrega de assistência médica e na restauração de serviços essenciais como água e energia.
O cenário político interno, tanto em Israel quanto em Gaza, permanecerá sensível a incidentes isolados que possam desencadear retrocessos.
Henrique Lopes
outubro 19, 2025 AT 23:16Olha só, parece até piada de mau gosto, mas quem diria que a "paz" viria com tanto drama de bastidores! 😂
Rodolfo Nascimento
outubro 20, 2025 AT 17:20Vamos analisar os fatos com base em dados empíricos: a taxa de liberação de reféns (8/251) corresponde a 3,18%, enquanto a troca de detentos palestinos está estimada em 160 indivíduos, o que indica um desequilíbrio estratégico evidente.
Esse número sugere que o acordo favoreceu mais a parte israelense em termos de valor negociado. 😊
Carlyle Nascimento Campos
outubro 21, 2025 AT 11:23É fundamental reconhecer o esforço coletivo que culminou nessa troca!; contudo, precisamos permanecer vigilantes;; a estabilidade ainda é frágil; e os desafios de implementação ainda são vastos...;
Marcela Sonim
outubro 22, 2025 AT 05:26Não podemos fechar os olhos para a realidade: muitos ainda sofrem, e celebrando como se tudo estivesse resolvido é irresponsável. 🙄
Júlia Rodrigues
outubro 22, 2025 AT 23:30mais um jeito de criticar sem fundamento, rhet.
Pedro Grossi
outubro 23, 2025 AT 17:33Entendo seu ponto, mas vale lembrar que a próxima fase exige cooperação internacional.
Vamos focar na reconstrução e evitar discursos inflamados.
Marcus Rodriguez
outubro 24, 2025 AT 11:36É triste ver que ainda há quem veja a paz como um espetáculo de drama vazio.
Reporter Edna Santos
outubro 25, 2025 AT 05:40Bom ponto! 🌟 A realidade é complexa, mas com informação correta podemos avançar. 📚
Glaucia Albertoni
outubro 25, 2025 AT 23:43Claro, porque a solução está a um meme de distância, né? 🙃